A LINHAGEM RUSSA




Estando abaixo o texto em conformidade com a linha de pensamento de nossa cadeia de Superiores Incógnitos, os quais nos consideramos Servidores Incógnitos, publicamos para fins históricos.
~ por um S.I.

A LINHAGEM RUSSA
Por OMCC-RJ

Louis Claude de Saint-Martin entre suas inúmeras viagens de cunho místico, esteve na Rússia e reuniu naquele país um seleto círculo de discípulos, onde poderemos encontrar vários membros da aristocracia, dentre eles: Barisowitz Galitzin (iniciado em 1780 na Suíça), o príncipe Alexander Barisowitz Kurakin e os Condes Norkov e Vasily Nikolaievich Zinoviev, o professor universitário Ivan G. Schwartz, o príncipe Tcherkasky, o brigadeiro Tchukow, o doutor Bagrinasky, o Conde Alexei Kirilovich Razumovsky entre inúmeros outros. Podemos dizer que da última década do XVIII até a Revolução Russa de 1917, a cadeia de S.I., foi composta pela “nata” da nobreza, sábios, membros do alto clero, escritores, etc.

Na segunda metade do século XIX, os Martinistas mais notáveis foram: F. Labzine (que tinha traduzido a obra de Saint-Martin, para o russo), F. Posdeev, Speransky, ministro e autor do “código das leis do império russo”, os pintores Brulof e Ivanof, os poetas Joukovsky y Boratynsky, o conde Alexis Tolstoi, e finalmente o célebre eslavófilo Arsenief. Moscou foi no século XIX e o princípio do XX, o centro da Iniciação Martinista; a Loja São João Apóstolo tinha transmitido a espada ritual de Novikoff a Gamalei, de Gamalei a Posdeev, deste a Arsenief, que por sua vez a transmitiu a Pedro Kasnatcheef, o qual se converteu em 1911 em delegado geral para Rússia de Supremo Conselho da Ordem Marinista de Paris.

Papus esteve na Rússia em 1901, 1905 e 1906, pois havia encontrado uma linhagem incólume, o que não existia em outros lugares; assim, Papus foi novamente iniciado nesta nova Linhagem; neste meio tempo estabeleceu Lojas do Martinismo recriado, o que trouxe um clima de desconfiança dos S.I. locais, que a consideraram uma “Ordem apócrifa e espúria”.

Por um período de nove anos após a Revolução Russa de 1917, a cadeia dos S.I. não sofreu qualquer perturbação, pois não representava perigo ao novo sistema.

Embora as condições fossem as mais desfavoráveis possíveis, a linhagem não foi interrompida; os trabalhos continuaram até que em 1930, nova investida foi levada a cabo e nesta, novos Irmãos foram fuzilados, sem nenhum tipo de julgamento. O Soberano Capítulo “Santo André Apóstolo”, continuou seus trabalhos até o ano de 1920, por parte do Irmão Sergei Marcotune, quando foi exilado na França. Devemos lembrar que Serge foi o Iniciador de Armand Toussaint, em 1930, criador da OMCC. (...)